domingo, 31 de outubro de 2010

Chefe da Ferrari confia em apoio dos brasileiros mesmo depois de marmelada


Diego Azubel/Efe


TATIANA CUNHADE SÃO PAULO

O chefe da Ferrari, Stefano Domenicali, está na expectativa que os brasileiros torçam para a equipe no GP do próximo domingo, penúltimo da temporada 2010.


Para ele, o público no autódromo de Interlagos saberá a importância da marmelada que aconteceu no GP da Alemanha, quando o espanhol Fernando Alonso reclamou via rádio para que Felipe Massa deixasse ele ultrapassar.
Diego Azubel/Efe

O chefe da Ferrari, Stefano Domenicali
Hoje, Alonso é o líder da temporada enquanto que Massa não tem mais chances de disputar o título.

Espera algum tipo de reação no Brasil depois do que aconteceu no GP da Alemanha?
Não espero. Acredito muito nos brasileiros e espero que torçam pela Ferrari. Claro que mais pelo Felipe. Mas não espero nada negativo, porque, se isso acontecer, mostrará que as pessoas não são maduras o suficiente para entender o esporte. Mas não acho que será o caso.
Muita gente comparou o que aconteceu em Hockenheim com a Áustria, em 2002, com Schumacher e Barrichello...

Philippe Lopez-24.out.2010/AFP
Alonso e Massa conversam no autódromo sul-coreano
São situações totalmente diferentes. Não quero entrar em detalhes, mas vou dar dois fatos. Daquela vez estávamos falando da última curva, da última volta. O terceiro carro estava quase uma volta atrás. Na Alemanha, ainda faltava 18 voltas para o fim da corrida, o terceiro carro [de Sebastian Vettel] estava se aproximando e o segundo [Alonso] era mais rápido que o primeiro. É uma situação completamente diferente.

Você foi duramente criticado neste período. Chegou a pensar em desistir?
Não, isso é parte da nossa mentalidade, nunca desistir. Em 2007, faltando duas corridas, o Kimi [Raikkonen] estava 17 pontos atrás. Tínhamos que torcer para um milagre para ficar com o título. Mas ganhamos. Você tem que fazer o máximo e acreditar. Se os outros forem melhores, paciência. Se alguém for melhor, é preciso aceitar, reagir e tentar melhorar no ano seguinte. Não somos maduros o suficiente no nosso esporte, no futebol também, e, para mim, temos a responsabilidade de desenvolver a mentalidade das pessoas.


Fonte: Folha de SP

Nenhum comentário:

Postar um comentário