Presidente da FIA, Jean Todt tinha proposto o retorno da prática já em 2012. Enquanto RBR e Force India reclamam, Ferrari se mostra favorável
As equipes da Fórmula 1 não aprovaram a idéia do presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), Jean Todt, de restabelecer o período de testes durante a temporada a partir do próximo ano, divulgada no último fim de semana. O principal argumento das escuderias é que, para viabilizar a estrutura de provas, seria preciso contratar profissionais específicos para a atividade, o que elevaria os custos significativamente e prejudicaria os times menores.
- Uma das maiores economias de custo que tivemos foi justamente com a redução dos testes. Acho que o que fazemos ao final do ano com jovens e antes do início da temporada é o certo. Não é benéfico só para as grandes equipes mas, principalmente, para as pequenas – disse Cristian Horner, chefe da RBR, ao site da revista inglesa “Autosport”.
Na Force India, que somou apenas quatro pontos até o momento na temporada, o pensamento é similar. Para o diretor Otmar Szafnauer, a medida seria um retrocesso após tanto esforço para o corte de despesas.
- Nós não queremos fazê-lo. Por que ir para trás? Nos livramos de muita coisa na Fórmula 1 e nada prejudicou o show – disse.
Em uma linha contrária à maioria, o presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, sugeriu que a equipe italiana dará apoio a Todt.
- A Fórmula 1 é o único esporte profissional do mundo em que não se pode treinar ou testar – disse.
Mesmo que não tenha a aprovação das escuderias para o retorno dos testes durante a temporada já para 2012, o presidente da FIA pode impor a volta da prática em 2013, sem que precise de aprovação de outros dirigentes.
- Eu queria ter feito já em 2011, mas não poderia forçar. Se tivermos apoio o bastante, será em 2012. Vamos apresentar isso na próxima reunião da Comissão, em Valência. Se não der certo, podemos aplica-lo em 2013 sem qualquer acordo.
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