terça-feira, 30 de março de 2010

Alain Prost: ‘A morte do Ayrton Senna foi o fim da minha história na Fórmula 1’


Prost e Senna na Alemanha, em 1989

Alain Prost: ‘A morte do Ayrton Senna foi o fim da minha história na Fórmula 1’
Francês relembra adversário: ‘Ninguém pode se referir a mim sem falar dele’

GLOBOESPORTE.COM
Madri

Prost e Senna na Alemanha, em 1989 No último dia 21, Ayrton Senna, se estivesse vivo, teria completado 50 anos. O francês Alain Prost, um de seus maiores adversários, não consegue esquecer a temporada de 1994, quando, no dia 1º de maio, o piloto brasileiro morreu durante o Grande Prêmio de San Marino. Em entrevista publicada nesta terça-feira no jornal “El Pais”, o francês disse que a batida no circuito de Ímola significou também o fim de sua própria história na principal categoria do automobilismo.

- A morte do Ayrton Senna foi o fim da minha história na Fórmula 1 – disse.

Prost contou que, apesar de serem adversários nas pistas, eles estavam mais próximos. Disse que, nos três meses antes do acidente, recebeu seguidos telefonemas de Senna.

- Nós tínhamos um vínculo. Ninguém pode falar de Ayrton sem me mencionar e ninguém pode se referir a mim sem falar dele – disse.

Antes da corrida de Ímola, o brasileiro visitou Prost em uma das cabines de transmissão de TV.

- Não era algo habitual. Todos os que estavam ali ficaram calados. Nesses momentos, um piloto só pensa em se concentrar. E ele chegou ali e sentou-se ao meu lado. O mais surpreendente é que ele não queria falar nada importante. Depois de comer, um pouco antes da largada, fui aos boxes da Williams e falei com ele por alguns minutos. Foi a última vez.





Ag./EFE
Schumacher participa de evento na Malásia Na mesma reportagem, o alemão Michael Schumacher contou que, depois de saber do acidente, achou que o brasileiro se recuperaria em pouco tempo.


- Pensei que o Ayrton poderia ter quebrado uma perna ou um braço, mas que ficaria bom. Foi só depois do pódio que o Pasquale (braço direito de Bernie Ecclestone) nos disse que ele estava em coma. Não podia imaginar que ele poderia morrer. Pensei que, no máximo, perderia umas duas corridas. Mas o pior veio mais tarde, em Mônaco, quando tive que aceitar que ele tinha morrido. Foi uma loucura – disse Schumacher, que nesta semana disputa o GP de Sepang, na Malásia.

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