quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Em seu site oficial, Ferrari critica FIA por abrir espaço para equipes pequenas


Em seu site oficial, Ferrari critica FIA por abrir espaço para equipes pequenas
Escuderia critica entidade por ter dado lugar no grid para USF1 e Campos, que atravessam problemas financeiros. Mosley também é lembrado no texto
GLOBOESPORTE.COM Maranello, Itália

A polêmica coluna no site oficial da Ferrari
A entrada de novas equipes no grid da Fórmula 1 neste ano não agradou muito a Ferrari. Na coluna "The Horse Whisperer" (algo como "Cavalo que conta segredos", em referência ao seu símbolo) em seu site oficial, a escuderia italiana criticou a FIA por permitir que nomes de pouco peso tivessem o direito de disputar a categoria. O texto, com o título de "For Whom the Bell Tolls" ("Por quem os sinos dobram", livro do escritor inglês Ernest Hemingway), critica a falta de estrutura de equipes como Campos e USF1, que sequer lançaram seus carros.

- Das 13 equipes que estão inscritas, ou foram induzidas a isso, até agora apenas onze delas responderam o chamado, indo à pista, alguns mais tarde do que outros, e enquanto alguns andaram por poucos quilômetros, outros fizeram mais, mas em um ritmo reduzido. A 12ª equipe, Campos, teve sua estrutura transformada, de acordo com rumores de dentro do paddock, com uma injeção de dinheiro de um nobre cavalheiro, acostumado a fazer este tipo de resgate de última hora. No entanto, os beneficiários desta generoso cavalheiro podem achar que ele vá obrigá-los a serem vassalos em algumas questões. Tudo isso significa que é difícil imaginar o carro desenvolvido pela Dallara mostrando sua cara no circuito da Catalunha, sendo Sakhir (no Bahrein) um caminho mais provável para presenciar o retorno do nome Senna à F-1 – diz parte da coluna.

Com uma linguagem irônica, o texto estende suas críticas à USF1 e à “sombra” feita pela Stefan GP, que ainda espera por uma vaga neste ano.

- A 13ª equipe, USF1, parece ter se escondido em Charlotte, na Carolina do Norte, para a decepção de alguns, como o argentino (Jose Maria) Lopez, que pensava ter encontrado seu caminho para os paddocks da F-1 (com a ajuda da presidente [Cristina] Kirchner, segundo rumores), e agora tem de começar tudo de novo. Incrivelmente, eles ainda têm o descaramento de dizer que tudo vai às mil maravilhas. Depois, temos os abutres da Sérvia. Primeiros, eles se lançam em uma batalha quixotesca com a FIA, e depois pegam os ossos da Toyota em seu leito de morte. Com algumas pessoas a bordo, ao redor de quem está um passado com escândalos, agora eles estão às voltas esperando para substituir o primeiro a deixar o jogo, possivelmente com a ajuda do mesmo cavalheiro que mencionamos antes.

As críticas, então, vão para o ex-presidente da FIA, Max Mosley, acusado de brigar com as montadoras no ano passado para dar espaço para novas equipes.

- Isto é o legado da "Guerra Santa" feita pelo ex-presidente da FIA. A causa em questão era encorajar pequenas equipes a entrarem na F-1. Enquanto isso, nós perdemos dois construtores no caminho, a BMW e a Toyota, enquanto, na Renault, não sobrou muito mais que um nome. Tudo isso valeu a pena? - encerra.

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