Pilotos da RBR rechaçam insinuações de jogo de equipe no GP do Brasil

Problema de câmbio de Vettel e troca de posições na corrida levantam suspeitas de times rivais. Ferrari ironiza acontecimento em seu Twitter

Tida como uma equipe que não costuma dar ordens de trocas de posições a seus pilotos, a RBR esteve na berlinda em Interlagos. Tudo por causa do problema de câmbio de Sebastian Vettel. Com falhas na terceira e a quarta marchas, o alemão acabou cedendo a liderança para o companheiro Mark Webber, que disputava o vice-campeonato e ainda não tinha vencido na temporada. Só que, após isso, o bicampeão conseguiu manter um ritmo constante na prova, o que levantou suspeitas.

No Twitter, a Ferrari ironizou a troca de posições ainda durante a corrida. Entretanto, Vettel fez questão de negar as acusações. O alemão lamentou a falha no câmbio e disse que gostaria de lutar pela vitória, mas preferiu terminar a corrida e completar a dobradinha da RBR em Interlagos.

- Posso dizer que tive um problema no câmbio sim e fui forçado a diminuir o ritmo. Não gostei de receber a mensagem, mas não tive escolha. Era uma questão de terminar a corrida. Diminuí as rotações do motor e consegui entender bem o comportamento dos pneus após a primeira parada. Achei um bom ritmo e tentei ficar o mais perto possível de Mark. Perdia aceleração principalmente nas retas. No último setor, por exemplo, que tem apenas uma curva e uma subida forte, verá que perdi bastante. No momento que recebi a mensagem de poupar o câmbio, disse que estava alerta e que não estava forçando. Tinha de terminar a corrida. Se eu pudesse, iria para a disputa - disse.

Mark Webber supera Sebastian Vettel no GP do Brasil e caminha para a primeira vitória (Foto: Getty Images)

Vencedor da prova, Webber disse que soube do problema de Vettel também pelo rádio. Por isso, após a ultrapassagem, preferiu administrar seu ritmo e poupar os pneus para adiar seus pit stops. Segundo ele, não existia necessidade de forçar. O australiano não concordou com as insinuações.

- Bem, não andei com o carro de Sebastian. Só podia cuidar do meu. Quando o passei, achei que a corrida não estava terminada para ele. Administrei a corrida porque os problemas costumam piorar. Por isso, meu ritmo não tinha a ver com o dele. Não forcei. Em algumas voltas, poupei os pneus para fazer trechos mais longos e manter a diferença. Por isso, não concordo - afirmou.

Globo.com