Schumacher assume sentir falta de vitóriasHeptacampeão mundial, com 91 vitórias na carreira, e dono de vários recordes. A trajetória de Michael Schumacher na Fórmula 1 é a mais laureada da história da categoria. Só que, após uma aposentadoria de três anos, ele resolveu voltar à ativa. E os resultados não foram os esperados. Desde seu retorno, o piloto da Mercedes ainda não subiu ao pódio. Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM nos boxes da equipe alemã, o piloto confessou sentir falta dos tempos de glória, mas disse acreditar no projeto do time e em uma volta por cima no futuro, com triunfos e até títulos.
- Claro que sinto falta. Posso voltar ao pódio e a vencer corridas e, quem sabe, ganhar um campeonato novamente. É por isso que estou aqui. E, assim, construir uma história, como fiz na Benetton e na Ferrari. E quero fazer isso com a Mercedes - disse Schumi.
O alemão confessa que não esperava ficar tanto tempo longe dos primeiros lugares na Fórmula 1. Schumacher ressaltou que confia no comprometimento da Mercedes com a categoria, apesar dos maus resultados em 2010 e 2011. Ele não acredita em uma mudança radical de desempenho em um curto prazo de tempo, mas admite que a equipe alemã tem um grande potencial.
- Elevamos os objetivos em comparação ao ano passado e conseguimos algumas boas conquistas. É importante analisar o podemos melhorar para o futuro e para qual direção devemos ir. É essencial andar na frente. Isto quer dizer que precisamos de uma grande organização e melhorar de dois em dois degraus. Acho que há um grande potencial para evoluirmos. A disputa é muito acirrada e, se você quer ter sucesso na F-1, tem de ser passo a passo. Não dá para pular etapas. Espero que fiquemos em terceiro nos Construtores e, a partir daí, ter um desenvolvimento constante para voltarmos ao número 1. É lá que nós, da Mercedes, queremos estar.
Michael Schumacher acertou o muro no GP de Cingapura e teve de abandonar a corrida (Foto: Reuters)O alemão reconheceu que levou tempo para se readaptar à categoria após a aposentadoria. Ele admite estar animado com o desafio de enfrentar a nova geração da categoria, que revelou pilotos como Fernando Alonso, Lewis Hamilton e, mais recentemente, Sebastian Vettel.
- Demorou um pouco para voltar ao ritmo da Fórmula 1. Mas o mais importante, em termos de organização de time, é ter um pacote harmonioso. Desde o meio deste ano, eu tenho uma nova equipe de engenharia. Então, eu tenho de dizer que há outros desenvolvimentos em atividades. Todos que venceram na Fórmula 1 no passado são muito talentosos mas hoje é preciso mais do que talento para estar no topo. A nova geração é certamente inteligente o suficiente para focar nisso. Temos vários exemplos, como Sebastian, Fernando e Lewis. Há vários que têm capacidade e habilidade para ser completos. O desafio e a competição são mais intensos, o que é ótimo.
Em Monza, um dos melhores resultados daPara ele, a Mercedes vai usar sua experiência para ascender ao topo da Fórmula 1. E a equipe confia em uma parceria de sucesso na Ferrari com Schumacher e Ross Brawn.
- Com minha experiência e minha relação com Ross e outras pessoas que conheço do passado, sabemos exatamente quais são meus pontos fortes e minhas fraquezas. Então me usam para um desenvolvimento rápido para chegarmos à posição de número 1. É para isso que me trouxeram.
Schumi também falou sobre a pressão que os pilotos brasileiros sofrem após os títulos mundiais de Fittipaldi, Piquet e Senna. O alemão acha que esta busca por um novo talento é natural.
- Não é algo que vemos só no Brasil. É o mesmo na Alemanha e em outros países (risos). Tem um herói nacional e há um outro piloto que você espera que seja tão bom ou melhor do que o anterior. É natural que haja o questionamento. Mas no fim é claro que cada um tem sua personalidade.
Globo.com
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